“Sabemos do desafio que temos em
Pernambuco. São dois milhões de pessoas sem acesso a água, o pior racionamento
do Brasil. As obras das Adutoras e a finalização da Transposição são
fundamentais para permitir que possamos garantir o acesso humano à água,
possibilitando o plantio, diminuição da fome e a pobreza, também podendo gerar
novos negócios. Esse acordo garante um trabalho coletivo para construção da
sustentabilidade desse programa de integração para preservação do nosso rio e
das águas, e um cuidado melhor sobre ele”, destacou Raquel Lyra.
O acordo entre os governos
estaduais e o Governo Federal também prevê a viabilização de recursos para as
obras do Ramal Piancó, na Paraíba, o fomento às ações do setor produtivo nas
áreas beneficiadas pela Transposição e o fornecimento adequado dos serviços de
operação, manutenção e fornecimento de água bruta do PISF nos estados que fazem
parte do projeto.
De acordo com o ministro Waldez
Góes, esse é um momento histórico e o Governo Federal tem como prioridade
garantir água e comida para as pessoas de diferentes regiões do país, tendo o
Nordeste como um compromisso integral. “Pactuamos uma agenda interfederativa
entre os quatro estados que são benefiaciados pelas águas da transposição.
Inicialmente para consumo humano, mas que a gente começa a discutir, a partir
da revitalização das bacias e da duplicidade do bombeamento do eixo norte e
eixo leste, também, a possibilidade de projetos de baixas emissões na agricultura
familiar na parte de alimentos”, enfatizou.
O Projeto de Integração do Rio
São Francisco é a maior obra de infraestrutura hídrica do país. Com 477
quilômetros de extensão em dois eixos (Norte, com 260 quilômetros, e o Leste,
com 217), o empreendimento tem nove subestações de energia elétrica em alta
tensão e 270 quilômetros de linhas de transmissão e visa garantir a segurança
hídrica de cerca de 12 milhões de pessoas em quase 400 municípios nos estados
de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde a estiagem é
frequente.
Anfitrião do encontro, o
governador João Azevêdo ressaltou a importância da iniciativa. “Esse termo
consolida e garante a sustentabilidade do sistema daqui pra frente. O futuro
desse projeto está garantido, além das obras complementares, que são
fundamentais para que o sistema como um todo funcione”, comemorou o governador.
O Eixo Leste possui seis estações
de bombeamento, que são responsáveis por elevar a água de um terreno baixo para
outro mais elevado. A estrutura também é composta por seis aquedutos, um túnel,
uma adutora e 12 reservatórios, que captam água do rio no reservatório de
Itaparica, em Floresta (PE), atravessam três municípios pernambucanos (Betânia,
Custódia e Sertânia), e terminam na cidade paraibana de Monteiro.
No Eixo Norte do Projeto São
Francisco, existem três estações, com capacidade para impulsionar a água 188
metros acima do nível do São Francisco, altura que pode ser comparada a um
prédio de 58 andares. É composto também por oito aquedutos, três túneis e 15
reservatórios. O eixo passa pelos seguintes municípios: Cabrobó, Salgueiro,
Terra Nova e Verdejante, em Pernambuco; Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e
Barro, no Ceará; São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras, na Paraíba.
Também estiveram presentes a
solenidade os secretários estaduais coronel Hercílio Mamede (Casa Militar),
Diogo Bezerra (Projetos Estratégicos) e Fernando Holanda (Assessoria Especial);
o vice-governador da Paraíba, Lucas Ribeiro; os secretários nacionais de Fundos
e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares; e de Segurança Hídrica, Giuseppe
Vieira; a senadora da República do Ceará, Augusta Britto; o presidente da
Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino; e o prefeito de João
Pessoa, Cícero Lucena.
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