O senador Armando Monteiro apresentou parecer favorável ao
Projeto de Lei do Senado – PLS 636/2011, na Comissão de Assuntos Econômicos
(CAE), nesta terça-feira (6), que garante aos clientes de instituições
financeiras (bancos, corretoras, cooperativas de créditos e outras) o direito
de quitação antecipada de contratos de operações de crédito e de arrendamento
mercantil.
O parlamentar sugeriu uma nova tramitação ao projeto,
originalmente apresentado como lei complementar. Agora o PLS 636 será debatido
na CAE como lei ordinária. Essa mudança garante maior celeridade na discussão
da matéria. Dessa forma, o projeto passa a ser de caráter terminativo na
Comissão, sem necessidade de ser apreciado pelo plenário do Senado.
O projeto de lei de autoria da senadora Lídice da Mata (PSB/BA)
assegura àqueles que recorrerem à amortização ou liquidação de suas dívidas
antecipadamente serão beneficiados com os justos e devidos descontos.
O projeto, por exemplo, determina que os valores a serem
pagos sejam calculados com redução proporcional de juros e outros acréscimos,
sendo possível também a negociação entre as partes envolvidas, desde que a taxa
não exceda aquela pactuada em contrato. Além disso, o projeto veda a cobrança
de qualquer penalidade em virtude da liquidação antecipada.
Em defesa do projeto, Armando Monteiro ressaltou a
importância da matéria proposta pela senadora baiana, por concordar que existe
certa “inércia da autoridade monetária (Conselho Monetário Nacional) no
disciplinamento do tema que afeta o consumidor”. Para Lídice da Mata, embora a
quitação antecipada seja um direito do consumidor, ele tem sido submetido a
contratos desfavoráveis e mesmo a situações abusivas.
“O
projeto visa impedir essas situações abusivas, assim como tira a ambiguidade da
legislação sobre o tema do direito do consumidor de serviços financeiros, à
amortização ou liquidação antecipada de operações de crédito e de arrendamento
mercantil. Hoje tal arcabouço encontra-se disperso em dispositivos do Código de
Defesa do Consumidor e em resoluções do Conselho Monetário Nacional”, analisou
Armando Monteiro.
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