Dentre os muitos aspectos apresentados pela Região Nordeste
o que mais se destaca é a seca, causada pela escassez de chuvas, proporcionando
pobreza e fome. A partir dessa temática é importante entender quais são os
fatores que determinam o clima da região, especialmente na sub-região do
Sertão, área que mais sofre com as secas.
Ao contrário do que muitos pensam, a seca não atinge toda
região Nordeste. Ela se concentra numa área conhecida como Polígono das Secas.
Esta área envolve parte de oito estados nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e parte do Norte de
Minas Gerais.
As principais causas da seca do Nordeste são naturais. A
região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante
o ano. Esta área recebe baixa influência de massas de ar úmidas e frias, vindas
do sul. Logo, permanece durante muito tempo, no Sertão nordestino, uma massa de
ar quente e seca, não gerando precipitações pluviométricas (chuvas).
Apesar dos avanços registrados nos últimos anos nas
atividades industriais e turísticas do Nordeste, em termos de emprego de mão de
obra, a economia dessa região ainda é muito dependente do setor agrário, com o
agravante aspecto de que menos do que 3% do total de área agricultável da
região é irrigada, e, portanto, muito susceptível a um possível déficit de
precipitação. Isso significa que, em época de secas moderadas a extremas há um
grande fluxo de migrantes em direção as grandes cidades da região Nordeste
(Salvador, Recife e Fortaleza). Essa situação leva a um enorme aumento da
população dessas regiões metropolitanas, o que acarreta uma crescente
necessidade de fornecimento de água com boa qualidade, além de esgotamento
sanitário, geração de emprego e renda, combate à criminalidade, dentre outros
problemas.
Os rios que estão situados nas áreas do Sertão nordestino,
são influenciados pelo clima semiárido, dessa forma não há grande incidência de
chuvas. A maioria dos rios do Sertão e do Agreste da região Nordeste é
caracterizada pelo regime pluvial temporário, isso significa que nos períodos
sem chuva eles secam, no entanto, logo que chove, enchem novamente. Nas regiões
citadas é comum a construção de barragens e açudes, como meio de armazenar água
para suportar períodos de seca.
A integração do Rio São Francisco com outras bacias
hidrográficas da região Nordeste, a chamada “transposição do São Francisco” é
um projeto do governo federal que visa a construção de dois canais, denominados
Norte e Leste, (totalizando 700 quilômetros de extensão) para levar água do Rio
São Francisco para regiões semiáridas do Nordeste. Desta forma, diminuirá o
impacto da seca sobre a sofrida população residente nessa região, ela
facilitará o desenvolvimento regional, com a abundância de água potável por
onde passar.
O governo abrirá uma linha de crédito especial para
agricultores e setores agroindustriais do Nordeste atingidos pela estiagem. A
Presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de recursos orçamentários e de
créditos extraordinários, em reunião com governadores do Nordeste, em Sergipe,
no último dia 23 de abril.
Nessa reunião, Dilma Rousseff anunciou a abertura de um
crédito emergencial para atender pequenos, médios e até grandes agricultores,
com juros de 1% ao ano, para pequenos e médio e, de até 3,5% ao ano, para os
grandes produtores. A informação é do Ministro de Integração Nacional, Fernando
Bezerra, coordenador do Programa Água para Todos e fez parte da reunião com a
Presidente Dilma e os governadores do Nordeste. Esses recursos serão do FNE –
Fundo Constitucional do Nordeste.
GONZAGA PATRIOTA é Contador, Advogado, Administrador de
Empresas e Jornalista, pós-graduado em Ciência Política e Mestre em Ciência
Política e Políticas Públicas e Governo e Doutorando em Direito Civil. É
Deputado desde 1982.
Blog
do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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