Além de defender as ações emergenciais de combate a seca no
Nordeste, o deputado Júlio Cavalcanti (PTB) ressaltou, durante pronunciamento
realizado na tarde desta quarta-feira (23), na Assembléia Legislativa do Estado
(Alepe), que o Governo deve priorizar iniciativas que, embora não tragam
resultado imediato, em alguns meses, poderão contribuir para reduzir os
problemas provocados pela falta de chuva na região. Entre as ações de médio e
longo prazo consideradas importantes, o parlamentar destacou a necessidade de
preservação das matas ciliares que protegem os nossos açudes.
“Solicito ao Governo do Estado a urgente elaboração e
implantação de um programa de preservação e proteção das matas ciliares localizadas,
principalmente, nas barreiras e nos açudes”, disse o deputado Júlio Cavalcanti.
Ele citou como exemplo o açude público Engº Francisco Saboya, mais conhecido
como Poço da Cruz, no município de Ibimirim, no Sertão do Estado.
Mata ciliar é a vegetação que se desenvolve ao longo das
margens dos rios, lagos e açudes. A sua ausência faz com que a água da chuva
escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no
lençol freático. A consequência é a redução no acúmulo de água e maior evaporação.
“É uma proteção
natural contra o assoreamento. Sem a proteção da vegetação, a erosão das
margens leva terra para dentro do açude, que fica barrento e diminuindo a
qualidade da água”.
Pernambuco possui 22 grandes açudes construídos no semiardido,
que podem acumular nas suas bacias 20,3 bilhões de m³ de água, volume
equivalente a oito vezes e meia a baía da Guanabara, a segunda maior baía do
litoral brasileiro.
“Diante
de tamanha importância, devemos pensar não apenas em medidas emergenciais de
combate a seca, que já estão sendo tomadas pelos governos Federal e Estadual,
como perfuração de poços artesianos, o reforço no abastecimento via carro-pipa,
juros subsidiados aos agricultores, e a diminuição da alíquota dos impostos
incidente na ração animal. Medidas, inclusive, defendidas por mim. Mas entendo
que é neste momento de seca que devemos tomar medidas duradouras de convivência
com o clima e preservação do meio ambiente”, finalizou o deputado.
Fonte: G&M Comunicação
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