O Brasil atingiu a marca de 23.397 transplantes em 2011, um
novo recorde no setor. Em uma década, o país mais que dobrou o número de cirurgias
– o aumento foi de 124% em relação a 2001, quando foram realizados 10.428
procedimentos. Acompanha este crescimento o número de doações de órgãos.
O SUS – Sistema Único de Saúde – oferece assistência
integral ao paciente transplantado, incluindo exames periódicos e os
medicamentos pós-transplante.
O Sistema Nacional de Transplantes, coordenado pelo
Ministério da Saúde, conta com rede integrada em 25 estados e Distrito Federal,
onde funcionam Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos. O
investimento na manutenção e crescimento dessa rede em 2011 foi de R$ 1,3
bilhão – quatro vezes mais que o total de recursos alocados para o setor em
2003, quando foram destinados R$893 milhões.
Devido à complexidade dos procedimentos, os transplantes se
concentram na região Sudeste – (54% do total das cirurgias) e Sul (19,7%), que
apresentam maior desenvolvimento no setor. Contudo, em dez anos, o Nordeste
dobrou a sua participação. Hoje, essa região responde por 16% dos transplantes,
contra 8% em 2011. “O foco do Ministério da Saúde é reduzir diferenças
regionais. O Ceará hoje está entre os quatro estados com melhores índices de
transplantes por milhão de população, depois de São Paulo, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul”, esclarece Padilha.
O transplante de órgãos e tecidos pode ser um procedimento
cirúrgico que busca substituir um órgão doente por outro órgão saudável de
alguém que já faleceu, o doador. Normalmente, o transplante é feito quando não
há outra forma de cura para uma pessoa. Apesar da mesma finalidade (salvar
vidas), os transplantes de órgãos e tecidos são feitos de maneiras diferentes.
Para a realização do transplante de órgãos é necessária uma
cirurgia de substituição do órgão afetado, além de fazer a ligação do novo
órgão ao organismo do receptor. Já para a realização do transplante de tecidos
não é necessária uma intervenção cirúrgica, pois as células são injetadas na
corrente sanguínea onde realizam a renovação celular.
O primeiro transplante bem sucedido de órgãos aconteceu em
1954, em Boston (EUA), quando o Dr. Joseph E. Murray realizou um transplante de
rins entre dois gêmeos idênticos no Hospital Brigham and Women. Murray se
baseou na descoberta dos médicos até então de que em transplante entre gêmeos
idênticos não havia o perigo de rejeição uma vez que o genoma de ambos,
receptor e doador, é o mesmo.
Porém, foi somente na década de 60 que os médicos
descobriram um meio de realizar um transplante de órgão entre não parentes sem
que houvesse a rejeição. Mesmo assim, os riscos eram altos e as chances de
sobrevivência após a cirurgia eram baixíssimos. Foi só a partir da década de 80
que os medicamentos imunossupressores tiveram uma evolução tremenda e
possibilitaram que a prática de transplantes de órgãos e tecidos se tornasse
rotineira. Mas ainda faltava uma barreira a transpor: a falta de informação e o
preconceito.
Não existem grandes obstáculos à doação de órgãos no Brasil,
visto que todo o processo está regulamentado. A melhor forma de um indivíduo se
tornar doador após a morte é avisar os familiares, manifestando, em vida, este
desejo. Quando isto ocorre, a família sempre concorda com a doação para
satisfazer o “último desejo” deste indivíduo.
Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade.Quando um
transplante é bem sucedido, uma vida é salva e com ele resgata-se também a
saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente
transplantado.
Fonte: Blog do Deputado
Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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