Armando alerta para efeitos danosos da substituição
tributária sobre a geração de emprego nas microempresas
Brasília – O senador Armando Monteiro, em pronunciamento no
plenário do Senado Federal, fez uma defesa veemente da Lei Geral das Micro e
Pequenas Empresas. Ele sugeriu que a lei sirva de modelo para a construção das
reformas em discussão na Casa sobre o novo sistema tributário brasileiro.
O argumento de Armando é baseado nos impactos positivos que
a lei teve sobre o setor, sobretudo no aumento da receita propiciado por meio
da adesão dos micro e pequenos empreendedores ao Simples, a forma unificada de
recolhimento de diferentes tipos de tributos, e a geração de emprego e renda na
economia do País.
Segundo ele, entre os anos de 2008 e 2011, as receitas
oriundas do Simples cresceram 50% quando alcançaram a marca de R$ 42 bilhões.
Nesse mesmo período, houve um aumento de 17% no número de empregados no setor,
isso significa que os micro e pequenos empreendedores optantes do Simples são
responsáveis por um em cada quatro empregos com carteira assinada no Brasil.
Diante desse cenário positivo, o senador fez um alerta para
o fato de que as atuais disfunções do sistema tributário brasileiro já ameaçam
as conquistas do Simples.
Armando chama atenção que a opção pela produtividade fiscal
e a facilidade em arrecadar estão fazendo com que os governos estaduais
utilizem de forma indiscriminada e abusiva o instrumento da substituição
tributária do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Ou
seja, a empresa substituta recolhe o imposto pelo restante da cadeia produtiva
ou faz a comercialização considerando estimativas de margem de lucro. No
entendimento do senador isso já está anulando os benefícios proporcionados pelo
Simples.
“Isso reduz o capital
de giro das empresas, atinge os empregos, inibe os investimentos, além de
incentivar a informalidade. Todos os efeitos vão na contramão do que foi
preconizado e posto em prática pelo Simples”, ressaltou. Armando não deseja a
eliminação da susbtituição tributária, mas propõe o uso disciplinado do
mecanismo, sob risco de penalizar a força empreendedora do País, que nasce nos
pequenos negócios.
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