A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou hoje
(1º) a possibilidade de as distribuidoras oferecerem energia pré-paga aos
consumidores. A tarifa do pré-pagamento será igual à da pós-paga, mas a distribuidora
poderá dar descontos para incentivar os consumidores a aderirem à novidade.
A modalidade só poderá ser colocada em prática depois que o
Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) certificar
os medidores necessários para a implantação do novo recurso. É preciso também
que os estados definam como será a tributação sobre a energia pré-paga.
“Para ser colocado em prática, é preciso vencer as etapas.
Acho que não são condições que restringem a aplicação do pré-pagamento”, disse
o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino. Ele estima que até o fim do ano o
pré-pagamento de energia possa ser oferecido aos consumidores.
As distribuidoras vão definir quando e em qual área vão
começar a oferecer o serviço. A adesão dos consumidores será opcional, e os
custos da instalação dos medidores deverá ser pago pelas distribuidoras. Os
créditos comprados não terão prazo validade e o retorno ao modelo convencional
poderá ser solicitado a qualquer momento, e o pedido deve ser atendido em no
máximo 30 dias.
Quem optar pelo sistema pré-pago, receberá um crédito
inicial de 20 quilowatts-hora (kWh) e poderá comprar um crédito mínimo de 5
kWh. Quando os créditos estiverem perto de acabar, o consumidor vai ser
notificado por meio de alarmes visual e sonoro no medidor, que terá que ficar
dentro da unidade consumidora, para que haja tempo hábil para providenciar uma
nova recarga.
Quando o crédito acabar, o consumidor poderá solicitar à
distribuidora um crédito de emergência de 20 kWh, que deverá ser disponibilizado
em qualquer dia da semana e horário, e será pago na próxima compra. Pela média
do consumo dos brasileiros, essa energia deve ser suficiente para três dias de
uso.
Segundo a Aneel, os principais benefícios da nova modalidade
para os consumidores são a melhoria do gerenciamento do consumo de energia e a
maior transparência em relação aos gastos diários, por meio de informações em
tempo real. Outras vantagens, segundo a agência, são a flexibilidade na
aquisição e no pagamento da energia e a eliminação da cobrança de multas, juros
de mora e taxas de religação. É esperada também uma redução dos custos
operacionais das distribuidoras, além da diminuição da inadimplência e a
melhoria do relacionamento entre empresas e consumidores.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.