Alguém me perguntou sobre você. Nossa! Como fiquei surpreso,
é que de repente procurei uma resposta e não achei, e o pior foi que ao te
procurar na minha vida não te encontrei.
Para não ser tão indiferente, sorri de leve e disse que nos
últimos dias não tinha te visto. A verdade é que eu não sabia nada sobre você,
ao menos não como antes.
Como o tempo muda o rumo das coisas, ou talvez, as pessoas
mesmo é que fazem isso. De repente o novo se torna velho, o grande se torna
pequeno, o perto se torna longe, o belo se torna feio, a presença se torna
lembrança, e a lembrança, esquecida. Ao pensar sobre isso, fui tomado por um
sentimento estranho, me perguntei aonde você estava, aonde foi parar todo o
carinho, todo a afeto, toda a amizade.
Bom, eu estou aqui, continuo aqui, não precisamente no mesmo
lugar em que você me deixou, por que caminhar é preciso, mais ainda estou;
ainda é estranho olhar para o lado e não te ver. O ombro que me consolava,
talvez console a outro, o sorriso que me animava, talvez anime a outro, o
abraço que me acolhia, talvez acolha a outro.
E isso é estranho pra mim, é difícil se dar conta de que o
carinho ofertado nem sempre é recebido de volta. Mas, a vida segue seu rumo e a
gente vai aprendendo, nem sei se essa era a sua intenção, mais você acabou me
ensinando uma coisa. Me ensinou a viver
sem você.
Por Abrahão Filho
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