Em entrevista à TV NBR, ministro da Educação, Mendonça
Filho, afirmou que o Governo do Brasil trabalha para ampliar acesso à educação
para surdos
O ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou, nesta segunda-feira
(6), que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) deve ser, cada vez mais,
incorporada à política educacional brasileira e que o Governo do Brasil
trabalha para ampliar o acesso de surdos à educação.
Em entrevista à TV NBR, o ministro comentou o tema da
redação do Exame Nacional do Ensino Médio, aplicada neste domingo (6). O
assunto que os estudantes precisaram abordar nos textos foi Desafios para a
Formação Educacional de Surdos no Brasil.
Mendonça Filho explicou que a política de educação para
surdos do ministério é subsidiada pelo Instituto Nacional de Educação de Surdos
(Ines). “Na ponta, quem tem a responsabilidade direta por essas políticas
públicas são os estados e municípios. Cabe ao Ministério da Educação induzir e
apoiar políticas nacionais de inclusão geral e específicas”, explica Mendonça
Filho.
O Ines atende cerca de 600 alunos, da educação infantil até
o ensino médio, além de apoiar ensino e pesquisa de novas metodologias para
serem aplicadas no ensino da pessoa surda. O instituto oferece, ainda,
atendimento à comunidade e aos alunos nas áreas de fonoaudiologia, psicologia e
assistência social. Com mais de 160 anos de existência, o instituto produz
material pedagógico, fonoaudiológico e de vídeos em língua de sinais,
distribuídos para os sistemas de ensino e forma profissionais surdos e ouvintes
no Curso Bilíngue de Pedagogia.
Inclusão e educação
O Brasil começou a regulamentar a língua brasileira de
sinais em 1993, mas o reconhecimento de Libras como uma forma de comunicação e
expressão da comunidade surda só veio - e foi oficializado - quase dez anos
depois, em 2002, em forma de lei. Alguns anos depois, mais um avanço: Libras se
tornou, com o Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, disciplina
obrigatória para todos os cursos de licenciatura e fonoaudiologia, nas
diferentes áreas do conhecimento. Uma das conquistas mais recentes para a
comunidade surda foi quando, em 2010, a profissão de tradutor–intérprete de
libras foi regulamentada.
Fonte: www.brasil.gov.br/educacao
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