12/12/2017

ECONOMIA: BITCOIN FAZ ESTREIA COM FORTE VALORIZAÇÃO


Após uma corretora de Chicago, cidade do estado de Illinois, nos Estados Unidos, anunciar que iria comprar e vender a moeda digital bitcoin, houve uma supervalorização do ativo. Com a notícia da Chicago Board Options Exchange (Cboe) – uma plataforma de negociação de contratos futuros –, a criptomoeda valorizou 20% e no último domingo (10) estava com o preço de U$ 18 mil por unidade, o equivalente a R$ 54 mil. A grande variação da moeda virtual ainda se prolongou na última segunda-feira (11) e o contrato chegou a subir 26%, mas depois perdeu força e acumulou alta de 15%, para US$ 17,8 mil (R$ 53,4 mil).

Devido à grande demanda, o início da comercialização no domingo, às 21h (horário de Brasília), gerou tráfego no site da Cboe, deixando a página sem acesso nos primeiros 20 minutos. Seis horas depois, a moeda era negociada a US$ 18 mil para o contrato futuro previsto para 17 de janeiro. De acordo com a corretora, nas primeiras quatro horas e meia foram registradas 1694 operações.Em apenas 15 dias, houve uma valorização de quase 100% na cotação do bitcoin, saindo de R$ 28 mil para R$ 53,4 mil. “A moeda está com grande variação neste ano e houve um salto depois do anúncio da corretora de Chicago, que tem o papel de intermediação de compra e venda”, comentou o Marcio Kogut, founder & CEO da Kogut Labs, consultoria de inovação corporativa e aceleradora de Startups, complementando que, no ano, houve uma valorização de 1500% na moeda.

Com a grande especulação e demanda de compra e venda, o especialista acredita que o bitcoin continuará subindo de valor, mas em algum momento, haverá uma queda. “Essa supervalorização é fora da realidade. Vai haver um momento de desaceleração, pois devido a grande demanda, mais empresas irão ofertar e o preço vai cair”, avalia o especialista, acrescentando que existe um boato no mercado de que a Bolsa Nasdaq, localizada em Nova York, vai operacionalizar créditos futuros em bitcoin, ainda no primeiro trimestre do próximo ano.

Segundo Kogut, é importante ter cautela no momento da compra devido à falta de regularidade da moeda virtual. “É preciso tomar cuidado, pois a comercialização da criptomoeda não está regulamentada em nenhum país. Recomendo investir um dinheiro que não irá fazer falta porque o mercado ainda precisa se consolidar. É importante ficar antenado e não partir para o lado da ganância”, alerta o CEO. Ainda de acordo com ele, hoje, a procura pela moeda está por parte de vários grupos, inclusive no Brasil, por pessoas físicas, corretoras e empresas em geral.

Fonte: Folha-PE

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