Após uma corretora de Chicago, cidade do estado de Illinois,
nos Estados Unidos, anunciar que iria comprar e vender a moeda digital bitcoin,
houve uma supervalorização do ativo. Com a notícia da Chicago Board Options
Exchange (Cboe) – uma plataforma de negociação de contratos futuros –, a
criptomoeda valorizou 20% e no último domingo (10) estava com o preço de U$ 18
mil por unidade, o equivalente a R$ 54 mil. A grande variação da moeda virtual
ainda se prolongou na última segunda-feira (11) e o contrato chegou a subir
26%, mas depois perdeu força e acumulou alta de 15%, para US$ 17,8 mil (R$ 53,4
mil).
Devido à grande demanda, o início da comercialização no
domingo, às 21h (horário de Brasília), gerou tráfego no site da Cboe, deixando
a página sem acesso nos primeiros 20 minutos. Seis horas depois, a moeda era
negociada a US$ 18 mil para o contrato futuro previsto para 17 de janeiro. De
acordo com a corretora, nas primeiras quatro horas e meia foram registradas
1694 operações.Em apenas 15 dias, houve uma valorização de quase 100% na
cotação do bitcoin, saindo de R$ 28 mil para R$ 53,4 mil. “A moeda está com
grande variação neste ano e houve um salto depois do anúncio da corretora de
Chicago, que tem o papel de intermediação de compra e venda”, comentou o Marcio
Kogut, founder & CEO da Kogut Labs, consultoria de inovação corporativa e
aceleradora de Startups, complementando que, no ano, houve uma valorização de
1500% na moeda.
Com a grande especulação e demanda de compra e venda, o
especialista acredita que o bitcoin continuará subindo de valor, mas em algum
momento, haverá uma queda. “Essa supervalorização é fora da realidade. Vai
haver um momento de desaceleração, pois devido a grande demanda, mais empresas
irão ofertar e o preço vai cair”, avalia o especialista, acrescentando que
existe um boato no mercado de que a Bolsa Nasdaq, localizada em Nova York, vai
operacionalizar créditos futuros em bitcoin, ainda no primeiro trimestre do
próximo ano.
Segundo Kogut, é importante ter cautela no momento da compra
devido à falta de regularidade da moeda virtual. “É preciso tomar cuidado, pois
a comercialização da criptomoeda não está regulamentada em nenhum país. Recomendo
investir um dinheiro que não irá fazer falta porque o mercado ainda precisa se
consolidar. É importante ficar antenado e não partir para o lado da ganância”,
alerta o CEO. Ainda de acordo com ele, hoje, a procura pela moeda está por
parte de vários grupos, inclusive no Brasil, por pessoas físicas, corretoras e
empresas em geral.
Fonte: Folha-PE
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