Do Pajeú, apenas Brejinho se destaca no Top 10. Buíque, Santa Maria da Boa Vista, Sertânia
entre as que precisam melhorar
O Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal (IFDM),
divulgado nesta quinta-feira, 28 de junho, aponta que 24,9% das cidades
pernambucanas têm desenvolvimento socioeconômico regular. Apesar do resultado,
os outros 75,1% (139 municípios) têm desenvolvimento moderado, o melhor
resultado do estado desde o início da série histórica do estudo.
A nova edição do IFDM analisa dados oficiais de 2016, os
últimos disponíveis. O levantamento monitora todas as cidades brasileiras e a
avaliação varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o seu desenvolvimento.
Cada uma delas é classificada em uma das quatro categorias do estudo: baixo
desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,6),
desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1). São
acompanhadas as áreas de Emprego e Renda, Saúde e Educação e avaliadas
conquistas e desafios socioeconômicos de competência municipal: manutenção de
ambiente de negócios propício à geração local de emprego e renda, educação
infantil e fundamental, e atenção básica em saúde.
A crise econômica, que teve início em 2014 e causou forte
recessão no país, fez com que o nível socioeconômico das cidades brasileiras
retrocedesse três anos. Na análise da área de Emprego e Renda, o IFDM destaca
que, entre 2015 e 2016, foram fechados quase 3 milhões de postos de trabalho
formais no país. Nesta vertente, o cenário pernambucano acompanhou o resultado
nacional: 104 cidades (56,2%) do estado registraram baixo desenvolvimento; 71
(38,4%), regular; e apenas 10 (5,4%) tiveram desempenho moderado. Apesar disso,
na comparação com 2015, cerca de dois em cada três (62,2%) municípios
pernambucanos avançaram no índice, sustentados pelo aumento da renda.
Saúde foi o indicador com a maior concentração de cidades
com alto desenvolvimento, com 122 nessa categoria (65,9%), 59 (31,9%) em
moderado e quatro (2,2%) em regular. Na comparação com 2015, 146 (78,9%)
avançaram nessa área, influenciados pela redução do percentual de internações
sensíveis à atenção básica (ISAB) e pelo aumento da cobertura pré-natal. Já em
Educação, a maioria das cidades registrou desenvolvimento moderado: 156, ou
seja, 84,3% do total. Apesar disso, na comparação com o ano anterior, 104
municípios do estado apresentaram queda no indicador, impulsionados, por
exemplo, pela redução da média de horas-aula e da taxa de atendimento à
Educação Infantil.
Os dez primeiros colocados de Pernambuco são: Caruaru
(0,7882 ponto), Fernando de Noronha (0,7680), Petrolina (0,7617), Goiana
(0,7579), Recife (0,7555), Rio Formoso (0,7451), Camutanga (0,7444), Brejinho (0,7433),
Nazaré da Mata (0,7290) e Olinda (0,7267). Vale destacar o avanço de 12,5% do município
de Brejinho, na comparação com 2015, o maior progresso entre os mais
bem colocados do estado. Por outro lado, Goiana apresentou a maior queda do grupo
(-6%) e perdeu o grau de alto desenvolvimento registrado no ano anterior,
influenciado pelo resultado em Emprego e Renda.
Já os piores resultados do estado são: Buíque (0,5511
ponto), Santa Maria da Boa Vista (0,5474), Jaqueira (0,5470), São Benedito do
Sul (0,5459), Amaraji (0,5441), Sertânia (0,5291), Ibimirim (0,5186), Inajá
(0,5064), Orocó (0,5061) e Afrânio (0,5044), em último lugar. Na comparação com
2015, Amaraji (-11,7%) e Jaqueira (-9,7%) tiveram os maiores retrocessos, em
função da piora nos indicadores de Emprego e Renda e Educação. Em contraponto,
Santa Maria da Boa Vista (+11,3%) foi a que mais avançou, impulsionado pela
melhora em Emprego e Renda.
Fonte: Blog do Nill Júnior
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