O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar o projeto do
governo que viabiliza a privatização de seis distribuidoras de energia elétrica
controladas pela Eletrobras (PL 10332/18). A urgência para a proposta foi
aprovada nesta terça-feira (03).
O governo preferiu colocar o projeto no regime de tramitação
urgente – que precisa de maioria simples –, em vez da chamada “urgência urgentíssima”
que requer apoio de maioria absoluta.
O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) criticou a manobra
para aprovação da proposta e se posicionou contrário à privatização do setor
elétrico. “A gente lamenta que essa maioria que o governo tem aprove os
projetos sem discuti-los de maneira adequada.
A gente não pode vender a Eletrobras, acabar com a Chesf ou a Petrobras
porque alguém roubou e desviou bilhões de reais dessas empresas. Elas não são
de Michel Temer, essas empresas pertencem ao povo brasileiro e a gente vai
brigar até o fim”, afirmou.
Projeto
O papel do projeto é resolver pendências jurídicas que podem
afastar investidores do leilão e proporcionar atratividade para as empresas,
que enfrentam uma série de problemas financeiros e operacionais – estão entre
as de pior desempenho do País, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) – e que atuam em mercados de menor potencial econômico.
Esses temas já foram tratados pela Medida Provisória (MP)
814/17, que perdeu a validade sem ter sido votada nas duas Casas do Congresso.
Pré-sal
Além do PL10332/18, está na pauta o Projeto de Lei 8939/17,
que permite à Petrobras transferir a outras petroleiras parte de seus direitos
de exploração de petróleo do pré-sal na área cedida onerosamente pela União.
Os deputados precisam votar os últimos destaques
apresentados ao texto. De autoria do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), a
proposta permite a comercialização de até 70% desses direitos.
Novos municípios
Também pode ser votado o Projeto de Lei Complementar (PLP)
137/15, do Senado, que regulamenta o desmembramento e a fusão de municípios. A
proposta precisa do apoio de um mínimo de 257 deputados para ser aprovada.
Hoje, o Brasil tem 5.570 municípios.
De acordo com o texto, os plebiscitos realizados até 31 de
dezembro de 2013, e os atos legislativos que autorizam sua realização serão
validados para dar prosseguimento aos casos pendentes.
Para Gonzaga Patriota (PSB), o projeto de emancipação de
municípios deve ser discutido em cada Estado. “Acredito que esse projeto não
deveria ser discutido em Brasília e sim nos municípios. Na Assembleia Nacional
Constituinte briguei muito contra trazer para o Parlamento Nacional a
emancipação de municípios, ainda bem que a gente tem quase que unanimidade de
apoio para que essa discussão retorne para os Estados, obviamente dentro das
regras legais e constitucionais para que os Estados possam saber quais os
municípios podem ser emancipados. Quando fui deputado estadual apresentei
vários projetos de emancipações de municípios, como Lagoa Grande, por exemplo,
que hoje é a capital da uva e do vinho”, avaliou.
Fonte: Assessoria de Imprensa
- Deputado Federal Gonzaga Patriota
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