Viver com medo de cair e quebrar um osso a qualquer momento
é parte da realidade das pessoas que vivem com a osteoporose. A doença,
caracterizada pela diminuição da massa óssea, faz com que os ossos fiquem mais
frágeis, aumentando a possibilidade de fraturas.
A osteoporose é a principal causa de fraturas na população
acima de 50 anos e afeta especialmente as mulheres na pós-menopausa e idosos.
Apesar de ser uma doença muito associada ao envelhecimento, alguns hábitos de
vida também podem influenciar na ocorrência da osteoporose, como o
sedentarismo, má-alimentação e o consumo de bebidas alcoólicas.
Vivendo na pele
Conhecida como uma doença silenciosa onde normalmente não
são notados sintomas, o diagnóstico costuma ser feito somente após a ocorrência
de uma fratura. Juraldino Ferreira Vaz, 63 anos, conta que foi exatamente assim
que descobriu que tinha a doença. “Descobri a doença em 2013, depois de uma
queda onde quebrei o tornozelo. Naquele momento, nos exames, fiquei sabendo que
tinha osteoporose”, conta.
Sendo uma doença que não ter cura, o tratamento é
estabelecido com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa, também
diminuindo o risco de fraturas e de doenças associadas. “Não faço nenhum
tratamento especifico mas tomo bastante cuidado diariamente, tenho muito medo
de cair e quebrar um osso. Pela experiência que eu tive com a fratura no
tornozelo sei que o tratamento é demorado e muito doloroso, não quero passar
por isso de novo”, lembra.
Se movimentar é
essencial
Um dos pontos mais importantes no controle da doença é que a
pessoa tenha um estilo de vida saudável, inclusive com a prática de exercícios
físicos regular. Carla Oliva, 41 anos, é educadora física e criadora de um
grupo de apoio para pessoas que vivem com osteoporose. Ela explica que criou o
grupo depois de identificar que muitas pessoas que conviviam com a doença
tinham muitas dúvidas sobre atividades físicas e outros assuntos relacionados.
“As atividades físicas são essenciais no processo de fortalecimento dos
músculos e dos ossos. As pessoas normalmente acham que o osso não é ativo, mas
na verdade nossos ossos estão em constante trabalho e os exercícios localizados
podem auxiliar bastante nisso”, explica.
Além disso, Carla conta que acompanhar de perto pessoas que
convivem com a doença fez com que ela tivesse uma nossa visão sobre a
osteoporose. “Convivendo com essas pessoas percebi que muitas delas quando são
diagnosticadas têm aquela sensação de que mundo caiu. Eu tento explicar que é
possível viver sem medo quando sabemos aquilo que estamos fazendo. É possível
manter uma vida e ativa mesmo com a doença”, explica.
Janaina Bolonezi, para o Blog da Saúde.
Fonte: www.blog.saude.gov.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo comentário.