O PL 1.292/1995 dá ao Brasil um marco legal para os pregões,
unificando três leis e mais de vinte instruções normativas. Contribuíram
setores público e privado, especialistas e organizações de transparência
nacional e internacional
Combater obras paralisadas, modernizar a gestão pública e
trazer mais transparência para as contratações com a iniciativa privada são os
desafios da Nova Lei de Licitações (PL 1.292/1995) aprovada nesta terça, 25, na
Câmara Federal. O texto final foi editado pelo deputado Augusto Coutinho que
presidiu a comissão responsável pela análise da matéria e construção do
parecer, no ano passado. Esta semana devem ser apreciados os destaques e, na
sequência, o texto segue para o Senado.
“A Nova Lei de Licitações é algo muito importante para o
Brasil. Ela chega para minimizar custos das obras e garantir que projetos saiam
do papel e sejam efetivamente entregues à população”, explicou Augusto
Coutinho. Ele destacou, ainda, o fortalecimento no combate à corrupção. “Essa
lei também vai aumentar o rigor no combate à corrupção, seja através de penas
mais duras para quem comete delitos em processos licitatórios, seja aprimorando
as ferramentas de transparência e controle social”, acrescentou.
Entre os avanços propostos pela Nova Lei de Licitações está
a criação de um Portal Nacional de Contrações que vai tornar todo o processo
eletrônico, ao mesmo tempo em que irá funcionar enquanto um portal de
transparência. Nele serão divulgadas em tempo real e de forma centralizada
informações como editais em sua íntegra, lances propostos por concorrentes,
projetos apresentados, pagamento de contratos e andamento das ações
contratadas.
O Diálogo Competitivo como opção de modalidade de licitação
é outro avanço da nova lei. “Uma prefeitura do interior que antes precisava
abrir a licitação já dizendo o que queria fazer para solucionar um determinado
problema como o de trânsito, por exemplo, agora vai poder abrir uma
concorrência na qual as empresas apresentarão propostas de projeto inovadores.
Isso favorece especialmente empresas de tecnologia e economia criativa, que
estão acompanhando o que há de mais moderno”, falou Augusto Coutinho.
OBRAS PARALISADAS
- Relatórios de órgãos de controle como dos
Tribunais de Contas da União e dos Estados apontam que grande parte das
paralisações em obras e serviços públicos, especialmente os de maior valor, se
deve a falhas no projeto inicial ou não cumprimento dos contratos. Somente em
Pernambuco, entre os anos de 2016 e 2017 foram registradas 1.942 obras
paralisadas ou inacabadas, de acordo com o Mapa de Prestação de Contas Anual do
TCE-PE.
Nesse sentido a Nova Lei de Licitações traz um conjunto de
ações que busca promover o equilíbrio entre contratante e contratando. Entre as
ações está a ampliação das opções de seguros como forma de garantir a
finalização das obras pelas empresas contratadas, ao mesmo tempo em que traz a
obrigatoriedade de a ordem de serviço ser precedida de depósito em conta
vinculada dos recursos financeiros necessários para a execução de cada etapa da
obra.
“Um outro ponto importante, quando falamos de licitações,
diz respeito à seriedade do gestor com o patrimônio público. A Nova Lei de
Licitações aumenta de dois para até quatro anos a pena para crimes de corrupção
envolvendo contratações públicas. Uma contribuição importante que se soma a
outras que tiveram origem nas Medidas de Combate à Corrupção enviadas ao
Congresso pelo Ministério Público”, explicou Augusto Coutinho.
O novo texto também traz a possibilidade de consulta prévia
aos órgãos de controle sobre viabilidade e legalidade dos projetos e o aumento
nos valores mínimos para contratação direta são algumas das novidades que
advindas com a Nova Lei. Além disso, a Nova Lei de Licitações aumenta de dois
para quatro anos a pena para crimes de corrupção envolvendo contratações
públicas.
Fonte: Assessoria de
Comunicação.
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