José Francisco dos Santos, o Baixinho do Picolé, de 51 anos,
é uma figura querida em Afogados da Ingazeira, mas conhecido na região, graças
à iniciativa de “fazer as feiras” das cidades vendendo o produto que se somou
ao próprio nome.
Esses dias, provocado pelo radialista Aldo Vidal resolveu me
parabenizar pela eleição a frente da Asserpe. “Valeu Nill Júnior, você está de
parabéns”, disse, para em seguida responder a pergunta chave. “Baixinho, e o
que é Asserpe?” – indagou o radialista. “ACelpe é o negócio da energia, né?” –
respondeu, interrompido em seguida pelas gargalhadas dos que acompanhavam a
definição. O áudio viralizou e daqui, repercutiu até em nomes importantes da radiodifusão.
A verdade é que Baixinho dá um banho na sua estratégia de
vendas em muitos prefixos de rádio estado afora. Enquanto parte de nosso meio
ainda tenta descobrir como, por exemplo, monetizar o uso das redes sociais,
agregando-as ao rádio, como Facebook, Twitter e Instagram, vendendo conteúdo
exclusivo, fidelizando ouvintes e agregando valor ao negócio, Baixinho do
Picolé já está em outra dimensão. Mix de produtos, portfólio, estratégias de
mercado? Ele pode até ter dificuldade em repetir, mas tem tudo isso no seu
modus operanti.
Percebendo que só vendendo picolé não conseguiria gerar o
sustento da família, com esposa e três filhos, diversificou ao máximo o
negócio. Não quer picolé? Baixinho tem água mineral. E se quiser potencializar
a sede, ele tem também pipoca e salgadinhos, numa venda casada, sem ter tido
uma aula sequer de publicidade, markerting ou estratégia de vendas. Com muita
dificuldade, só estudou até a 5ª série. Nas feiras, como em Tabira e Iguaracy,
ainda vende um modelo de bolsas que lembram as velhas sacolas do Café Petinho,
ao preço de dois reais.
Todos esses produtos ele organiza no entorno do próprio
carrinho de picolé, num aproveitamento de um espaço mínimo. Assim, tem uma
renda mensal muito melhor do que aquele vendedor pé duro, que só vende picolé e
nada mais.
Quanto ganha por mês? Baixinho não diz nem a pau. Mas a
certeza é de que dá drible em muito assalariado por aí, graças ao seu mix de
produtos e visão de mercado.
A simpatia de Baixinho é de graça, agrega valor ao que
vende. Assim, a certeza de que temos muito mais a aprender com ele que ele
conosco.
Olha o picoléééé !! Mas se quiser tem mais, muito mais, não
é Baixinho? Um viva pra ele, do tamanho da sua simplicidade e criatividade!
Fonte: nilljunior.com.br
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