15/01/2020

APENDICITE: DIAGNÓSTICO PRECOCE EVITA O AGRAVAMENTO DA SAÚDE


Dores ao redor do umbigo, enjoo, falta de apetite, febre e anormalidade no funcionamento do aparelho digestivo, podem ser os sintomas da apendicite. A inflamação atinge o apêndice, um órgão que fica localizado no lado direito do intestino grosso e que muitas vezes é dito como vestigial, ou seja, que não tem uma função específica.

Na maioria dos casos, a apendicite é provocada pela obstrução do canal que liga o apêndice ao intestino grosso. Não existe uma causa única para isso acontecer, pode ser por fragmentos de fezes que impacta no aumento da pressão ou ainda quando o tecido linfoide aumenta, causando uma obstrução no órgão.

Não há nenhuma comprovação da prevenção da apendicite por isso é importante estar atento aos sinais, ressalta Fernando Mello, cirurgião do aparelho digestivo e profissional do Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa. ‘’Não existe nenhuma mudança alimentar ou de hábito de vida que possa prevenir um episódio de apendicite”, explica o médico.

A apendicite precisa ser diagnosticada o mais rápido possível. Isso porque, ela se desenvolve rapidamente e, se houver demora no diagnóstico, há um grande risco de a infecção se espalhar pela corrente sanguínea, causando uma infecção generalizada. O tratamento pode ser feito com cirurgia, com a remoção do apêndice, ou com uso de antibiótico.

Foi o que aconteceu com a enfermeira, Tainara de 23 anos que conta que começou a sentir uma leve dor do lado direito da barriga. ''No começo eu achava que não era nada demais, fiquei por dias sentindo dores abdominais achando que era normal, quando me vi, já estava com infecção generalizada, fiquei internada por 8 dias com dreno para drenar todo liquido inflamado, tomando antibiótico e passei por cirurgia'‘, relata.

Se a cirurgia não for realizada em tempo hábil, a apendicite pode pôr em risco a vida do paciente. “Qualquer pessoa que chegue a unidade de saúde com esses sintomas, a gente deve rapidamente pensar em apendicite e investigar”, alerta o cirurgião do Hospital Universitário Lauro Wanderley em João Pessoa.

Por Gabriela Sampaio, para Blog da Saúde

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