31/07/2023

GT COMEÇA A DEBATER AUMENTO DE OFERTA E REDUÇÃO DO PREÇO DO GÁS PARA A INDÚSTRIA


Grupo Trabalho com representantes governamentais e privados tem 60 dias para apresentar resultados ao CNDI

Encontrar soluções para aumentar a oferta de gás natural à indústria, em quantidades maiores e preços menores do que os atuais, é a missão do Grupo de Trabalho Gás para a Indústria, instituído nesta sexta-feira (28/7) no âmbito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o GT conta ainda com Ministério das Minas e Energia (MME), Petrobrás, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), BNDES, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Fiesp, Firjan e entidades representativas de setores ligados à cadeia de petróleo e gás.

Entre as tarefas do GT estão: elaborar diagnósticos e estudos de demanda potencial de gás natural para as indústrias, como combustível e como matéria-prima; levantar os instrumentos legais e modelos regulatórios para garantir a oferta a preços competitivos; e propor instrumentos normativos para fomentar a oferta.

Na abertura da reunião, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, destacou o papel estratégico do Estado como indutor e articulador na simbiose entre os setores privado e público para a definição de políticas públicas. E lembrou que o GT tem 60 dias para concluir o trabalho e entregar suas propostas ao CNDI.

“Muitos aqui tem expertise e propostas. Precisamos chegar a um equilíbrio que cumpra o objetivo daquilo que o presidente Lula vem defendendo, que é uma indústria forte, com um conjunto de atores e ações que possam de fato corroborar para o projeto de neoindustrialização do Brasil”.

Também presente à abertura, a secretária de Competitividade e Política Regulatória do MDIC, Andrea Macera, afirmou os problemas relativos ao gás passam por todos os elos da cadeia produtiva, inclusive nas questões de regulação. “Estamos todos trabalhando”, disse, “para que se aumente a oferta do gás e que esse gás tenha um preço justo, garantindo a competividade para a indústria brasileira”.

A secretária executiva do CNDI, Verena Hitner, destacou a participação da sociedade como um dos pontos fortes do trabalho do Conselho e, agora, do GT do Gás. “Estou convencida de que neste governo nós vãos construir uma política industrial que não seja só do Estado, mas de toda a sociedade. E o ponto fundamental do nosso trabalho é que seja uma política que gere consensos e oportunidades para todo mundo”.

“Esse GT”, continuou Verena, “é um grupo de entrega. E o CNDI é uma porta que a gente tem. São 21 representantes do Estado e 21 representantes da sociedade que podem endereçar alguns temas de maneira conjunta no sentido de gerar políticas públicas”.

Falando pelo MME, o secretário de Gás Natural Marcelo Weydt disse o gás é essencial para tornara o setor industrial nacional cada vez mais competitivo no mundo. “Faço votos para que a gente some todos os esforços no sentido de aumentar a oferta de gás, fortalecendo a indústria e a economia, com geração de emprego e renda para a sociedade”

 

Menos poluente

O gás natural é o combustível fóssil que emite a menor quantidade de poluentes, pois proporciona uma combustão limpa, isenta de agentes poluidores, ideais para processos que exigem a queima em contato direto com o produto final, como na indústria de cerâmica, fabricação de vidro e cimento.

Na indústria, o gás natural é utilizado como combustível para fornecimento de calor, geração de eletricidade e de força motriz. Também é utilizado como matéria-prima nos setores químicos e petroquímicos, principalmente para a produção de metanol, e para a produção de fertilizantes nitrogenados, reduzindo a dependência externa de insumos estratégicos para as cadeias produtivas nacional.

Pode ser utilizado nos seguintes segmentos:

Siderúrgico: fundição, corte e solda de metais (custo menor que o acetileno, seu competidor);

Petroquímico: fabricação de borracha, polímeros, álcoois e éteres;

Combustível industrial: indústria de vidros (moldagem, solda e acabamento), indústria cerâmica (queima e secagem), indústria de papel e celulose (secagem) e indústria alimentícia;

Agropecuário: secagem de grãos, controle de pragas e queima ervas daninhas, aquecimento e esterilização de ambiente de criação de animais.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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