O Projeto de Extensão Intitulado
“Reuso de Efluentes como Ferramenta para Alcançar a Sustentabilidade Hídrica na
Região do Pajeú” do professor Antonio Rene Benevides de Melo, com a colaboração
do professor Kennedy Francys Damascena, apresenta uma alternativa para o
tratamento de águas de esgotos no Campus com finalidade de uso não potável. O
projeto tem como bolsistas as estudantes do Curso Técnico Integrado de
Saneamento Ellen Larissa de Queiroz Gonçalves e Lívia Thays Mariano da Silva
Lima e fez parte da X Mostra de Extensão do IFPE Afogados, organizada pelo
Departamento de Pesquisa e Extensão – DPEX do Campus.
O objetivo é contribuir com a
redução do uso de água potável para fins não nobres ou sem necessidade deste
grau de tratamento, oferecendo uma opção de baixo custo e biologicamente segura
de reuso, em uma região de baixa disponibilidade hídrica, como é o caso do
Sertão do Pajeú.
Como funciona
A iniciativa usa o “Wetland”
(“Terra Úmidas”, em português), um sistema de escoamento superficial ou
subsuperficial de água que tem como meio filtrante pedras e areia grossa,
formando pequenas lagoas ou canais artificiais rasos, que abrigam plantas
aquáticas. Estas, por sua vez, absorvem os nutrientes presentes na água poluída
devolvendo, após a filtragem, um líquido tratado. Em outras palavras, esses
sistemas simulam ecossistemas naturais, para aproveitar os benefícios destes
ambientes para a eliminação de poluentes presentes nos esgotos, uma opção
considerada sustentável e ecologicamente correta.
O experimento já está a decorrer, sendo estudado para que em um futuro próximo, possa tratar todo o esgoto gerado no Campus. Esta água poderá ser utilizada para tarefas de manutenção das instalações do prédio como a irrigação de plantas ornamentais e a lavagem de pisos e áreas externas, por exemplo. Porém o projeto tem potencial para escalas maiores, podendo ser aplicado na indústria ou órgãos de governo.
“As principais vantagens da
aplicação deste método é a elevada capacidade de remoção de matéria orgânica,
remoção de nutrientes e eliminação de sólidos suspensos tornando o efluente
tratado em uma fonte alternativa de água para reuso. Além disso, outra
importante vantagem é a baixa necessidade de manutenção, fácil operação, e a
não necessidade do uso de energia elétrica, o que torna esta técnica
extremamente promissora para ser expandida pelo país nos próximos anos”, explica
o professor Rene Benevides.
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