O vice-presidente e ministro do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin,
participou nesta terça-feira (7) da cerimônia de ampliação da unidade fabril da
Boston Scientific, em Contagem, Minas Gerais, que permitirá triplicar a capacidade
de produção de válvulas cardíacas desenvolvidas a partir de tecido de
porco. A expectativa é passar de 20 mil
para 60 mil unidades por ano, com foco na ampliação das exportações.
Alckmin classificou o
investimento como “importantíssimo” para o país. “Investimento numa área estratégica, que é a
saúde, especialmente a área de cardiologia.
A primeira causa de morbimortalidade no mundo inteiro e no Brasil são as
causas cardiovasculares, então isso vai salvar vidas, vai melhorar a qualidade
de vida da população e vem ao encontro da proposta do presidente Lula, e nossa,
da Nova Indústria Brasil", afirmou.
Com investimento de R$ 120 milhões, a companhia
norte-americana espera atender a crescente demanda dos locais onde já atua com
a tecnologia pelo mundo. A expectativa é que, em três anos, o volume de
exportações chegue a R$ 780 milhões de reais.
“A Nova Indústria Brasil será
mais competitiva, inovadora e exportadora, que é o que nós estamos vendo aqui
na Boston Scientific. Ela exporta para América Latina, exporta para Europa,
Ásia, deve entrar no mercado americano, então isso é extremamente importante”,
concluiu Alckmin.
A ampliação da fábrica permitirá
ampliar as vagas de trabalho, que passarão de 950 para 1700.
Válvula biológica feita com tecido
inerte de porco
Conforme informou a empresa, a
válvula transcateter é uma tecnologia utilizada no Brasil desde 2016 e é
fabricada a partir de tecido extraído de
porco. Após passar por tratamento químico que o torna inerte, ou seja, não
causa rejeição em humanos, o pericárdio porcino é costurado em uma estrutura
metálica de nitinol formando o produto implantável. A técnica de implante
transcateter é conhecida como TAVI (do inglês transcatheter aortic valve
implantation) e o primeiro transplante aconteceu há 22 anos.
Ainda segundo explicação da
empresa, trata-se de um procedimento cardíaco minimamente invasivo, que
substitui alguns tipos de cirurgias de peito aberto, ou seja, traz mais
segurança e celeridade ao paciente, além de significar uma expressiva redução
do risco de morte.
A válvula é colocada dentro de um
cateter, e esse catéter é introduzido através de um pequeno corte na artéria
transfemoral e chega até o coração. Além de menor risco, a recuperação é muito
mais rápida. Para monitorar o funcionamento da prótese, é necessário
acompanhamento médico. Atualmente, são realizadas aproximadamente 280 mil
cirurgias para implantação de prótese valvar por ano no mundo, de acordo com a
Boston Scientific.
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