Setor movimentou a economia e exportações em 2023 superaram o montante de US$ 20 milhões. O levantamento é realizado pelo Mapa
Brasil ultrapassa a marca de 1,2 mil cachaçarias registras em todo o país |
Nesta quarta-feira (26), o Ministério
da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com o Instituto Brasileiro da
Cachaça (Ibrac), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ANPAQ
e GS1 Brasil, divulgou o Anuário da Cachaça 2024. A publicação é o principal
levantamento de dados oficiais do setor, para a difusão de dados, referentes ao
ano anterior, e para o fomento de discussões relevantes.
“O anuário comprova que o Brasil
está se consolidando como um dos grandes produtores de alimentos e bebidas do
mundo, graças a sua vocação. Produzimos com qualidade e o Ministério da
Agricultura tem a régua muito elevada para garantir a segurança dos nossos
produtos. Isso nos garante oportunidades”, destacou o ministro da Agricultura e
Pecuária, Carlos Fávaro. “O Brasil é a bola da vez para produtos de qualidade.
Vamos trabalhar para fazer da cachaça, cada vez mais, um orgulho brasileiro”,
completou.
Destacam-se também os estados de
São Paulo, com 11 cachaçarias a mais em relação a 2022, e Paraná, com aumento
de 10 cachaçarias em relação ao ano anterior. Estes números representaram um
crescimento de 7,0% e 37,0%, respectivamente. Por região, o Sudeste, com 819
cachaçarias, possui o maior número de estabelecimentos registradas,
concentrando 67,3% do total de cachaçarias do Brasil.
“Os dados são animadores. Apesar
do cenário desafiador que o setor da Cachaça tem enfrentado nos últimos anos,
demonstram uma certa resiliência para o enfrentamento dessas dificuldades e,
sobretudo, a relevância dos micro e pequenos produtores”, destaca Carlos Lima,
presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça.
>> Confira a integra do
Anuário da Cachaça 2024 – Ano referência 2023
PRODUTOS
Após a concessão do registro de
estabelecimento é preciso que a cachaçaria registre os produtos com que
pretende trabalhar. Em 2023, houve um crescimento de 18,5% em relação ao total
de produtos registrados que havia em 2022, alcançando o número de 5.998.
O estado mineiro também possui o
maior número de cachaças registradas, com 2.144 produtos, o que corresponde a
35,7% das cachaças do país. Já Sergipe detém a média mais elevada, com 16
produtos registrados por estabelecimento. A média brasileira é de 4,9 cachaças
registradas por cachaçaria.
EXPORTAÇÕES
Em 2023 houve um aumento de 0,7%
no valor total das exportações, alcançando a marca de US$ 20.242.453, o maior
montante da série. O resultado demonstra uma valorização de 9,3% do produto
exportado, que em 2022 teve o preço médio de 2,15 US$/L e no ano passado chegou
a 2,35 US$/L.
O Estados Unidos mantém-se como o
maior mercado de exportação para a cachaça, avaliado em US$ 4.653.002, o que
representa quase 23% do mercado de exportação de cachaça. Destaca-se também a
Europa, com sete países entre os 10 principais parceiros econômicos na compra
de cachaça. O continente foi responsável por um mercado de US$ 10.142.990, o
que representa 50,1%. Atualmente, há países compradores de cachaça em todos os
continentes do planeta.
EMPREGOS
O setor de cachaça no Brasil
apresenta um histórico de fomento da economia brasileira. Entre os resultados,
está a geração de empregos diretos e indiretos em toda cadeia.
Segundo os dados do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e
Emprego, a atividade de fabricação de bebidas gerou um estoque de 134.678
empregos diretos em 2023, com variação positiva de 3,35% em relação a 2022.
Neste cenário, 4,7% do estoque de empregos da atividade de fabricação de
bebidas deve-se à fabricação de aguardente de cana-de-açúcar, o que corresponde
a 6.371 empregos.
O Sudeste é a região com maior
estoque de empregos em 2023, com a marca de 3.062 posições, o que corresponde a
48% de todos os empregos da fabricação de aguardente de cana-de-açúcar. Já o
Nordeste é segunda região em estoque de empregos, com 2.444 posições,
apresentou o maior aumento absoluto em números de empregos gerados, com 87
novas posições criadas em 2023, o que corresponde a uma variação de 3,69%.
Fonte: www.gov.br/agricultura
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