Vários países sofreram nesta
sexta-feira (19) um apagão cibernético que atingiu empresas aéreas, de
transportes, de mídias e companhias de telecomunicações.
A Microsoft informou nesta sexta
que sofreu uma falha que impede a utilização de softwares e serviços próprios.
Este problema afeta empresas em todo o mundo. Nos Estados Unidos, diversas
empresas aéreas como a American Airlines, Delta, United Airlines e outras
tiveram de cancelar seus voos. O mesmo aconteceu em aeroportos na Alemanha,
Reino Unido e na Holanda. Parte do sistema de trens na Inglaterra também parou.
“Estamos
investigando um problema que impacta o acesso aos aplicativos do Microsoft 365
e a serviços”, informou a companhia nas redes sociais há algumas horas. Na
página de status do Azure, plataforma de computação em nuvem da companhia
americana, há a informação de que a falha começou na noite de quinta-feira
(18), o que provocou paralisações em todo o centro dos EUA.
Numa atualização mais recente, a
Microsoft disse que conseguiu identificar a causa do problema e que está
trabalhando para restaurar o acesso de todos os usuários.
O diretor executivo da empresa de
segurança digital CrowdStrike, George Kurtz, publicou em suas redes sociais que
o apagão tecnológico desta sexta não se trata de “um incidente de segurança ou
ataque cibernético”. Segundo ele, um defeito encontrado na última atualização
de computadores que usam o sistema Windows foi detectado e “uma correção foi
implantada”. E continuou: “nossa equipe está totalmente mobilizada para
garantir a segurança e estabilidade dos clientes CrowdStrike”, conclui.
No Brasil, não foram reportados
grandes impactos até o momento, mas houve problemas em algumas empresas e
aplicativos de bancos. Nas redes sociais, clientes que tentam acessar o
aplicativo de algumas instituições bancárias relataram problemas e uma mensagem
de “tente acessar mais tarde”.
Especialistas Alertam para
Explosões Solares e Ejeções de Massa Coronal Direcionadas à Terra
Uma das maiores tempestades
solares das últimas décadas pode estar prestes a desencadear uma série de
eventos impactantes na Terra. Entre os dias 08 e 09 de maio de 2024, a região
ativa AR 3664, alvo direto do nosso planeta, tem surpreendido os especialistas
em clima espacial com inúmeras explosões solares de radiação de classe X,
intercaladas com muitas de classe M intensas. E não para por aí: essas
explosões têm gerado ejeções de massa coronal, todas em rota de colisão com a
Terra.
No dia 09 de maio de 2024, a NOAA
incluiu pelo menos 4 dessas ejeções de massa coronal na previsão do vento solar
em 3D para os próximos dias, confirmando que todos os "tiros de
bazuca" do Sol estão vindo em nossa direção. A previsão de chegada está
estimada por volta das 20h00 pelo horário internacional, com uma margem de erro
de 12 horas para mais ou para menos. Diante desse cenário, a NOAA emitiu um
alerta para tempestade solar de nível G4, válido a partir de sexta-feira e se
estendendo até sábado, 11 de maio.
Os potenciais efeitos de uma
tempestade solar intensa como essa são vastos e preocupantes, incluindo danos a
satélites, transformadores de energia e disparos involuntários de alarmes. As
regiões polares são particularmente vulneráveis, mas se a intensidade da
tempestade persistir por vários dias, esses problemas podem se estender para
áreas mais próximas do equador.
Mas afinal, o que é uma
tempestade solar?
Uma tempestade solar é um
fenômeno causado por distúrbios no Sol que liberam partículas carregadas, como
prótons e elétrons, em direção ao espaço. Essas partículas podem afetar
sistemas tecnológicos na Terra e no espaço, causando uma série de impactos,
desde interferências em comunicações até danos a satélites e redes elétricas.
Essas tempestades são desencadeadas
por eventos como explosões solares e ejeções de massa coronal. As explosões
solares ocorrem quando a energia magnética acumulada na atmosfera do Sol é
liberada de forma explosiva. Elas produzem uma grande quantidade de radiação
eletromagnética, incluindo raios-X e luz ultravioleta.
Já as ejeções de massa coronal
(EMCs) são grandes quantidades de plasma solar, compostas principalmente por
elétrons e prótons, ejetadas do Sol para o espaço. Quando uma EMC é direcionada
para a Terra, pode causar uma série de efeitos, como distúrbios na magnetosfera
terrestre, que por sua vez podem levar a auroras mais intensas e interferências
em sistemas de comunicação e navegação.
Os impactos de uma tempestade
solar podem variar em gravidade, dependendo da intensidade da tempestade e da
exposição de infraestruturas críticas. Por exemplo, uma tempestade solar de
nível G4 pode causar danos a transformadores de energia e satélites, enquanto
uma tempestade de nível G5 poderia ter impactos ainda mais graves,
potencialmente causando falhas generalizadas em redes elétricas e sistemas de
comunicação.
Portanto, compreender e monitorar
tempestades solares é essencial para mitigar seus potenciais impactos e
proteger infraestruturas críticas, garantindo assim a resiliência de nossas
tecnologias perante esses eventos espaciais.
Fique ligado, pois traremos mais
informações a qualquer momento para mantê-lo atualizado sobre esse fenômeno
solar de proporções significativas.