Inclusão da vacina contra a doença no calendário foi
determinante na redução de casos em toda a população
Na contramão dos movimentos antivacina, a imunização contra
a hepatite A demonstra a importância desse tipo de ação para a saúde pública.
Implantada no Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014, a vacina foi fator
predominante para diminuir o número de casos da doença em Pernambuco. Em 2014,
quando começou a ser aplicada em crianças, aos 15 meses, podendo ser feita até
os 4 anos, os adoecimentos chegaram a 474 no público em geral, de todas as
faixas etárias. Em 2018 foram 19, ou seja, uma redução de 95,9%.
Desde 2017, não são registrados casos no público beneficiado
pelo imunizante (crianças entre 1 e 4 anos), além de uma redução drástica na
faixa etária entre 5 e 14 anos, que englobava a maioria das ocorrências. “A
diminuição dos casos de hepatite A é uma prova irrefutável da importância da
vacinação na primeira infância. Quanto mais crianças vacinadas, menores as
chances de adoecimento em toda a sociedade. O imunizante é gratuito, seguro e
está disponível nos postos de saúde com sala de vacina”, afirma a coordenadora
do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana
Catarina de Melo.
Em 2017, 116 mil crianças no primeiro ano de vida foram
vacinadas contra a hepatite A, totalizando 81% do público total. A meta é
beneficiar, no mínimo, 95% do público nessa faixa etária. Dados preliminares de
2018 apontam 104 mil meninos e meninas imunizados (79%). Importante ressaltar
que Pernambuco está com o estoque regular da vacina.
O QUE É: A hepatite A é uma doença infecciosa provocada pelo
vírus A (HAV). A transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por
meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus. A transmissão sexual pode
ocorrer com a prática sexual oral-anal (anilingus), por meio do contato da
mucosa da boca de uma pessoa com o ânus de outra portadora da infecção aguda da
hepatite A. Durante a prática dígito-anal-oral também pode ser uma via de
transmissão.
A doença, normalmente, é assintomática e tem evolução para
cura, sem cronificação. Quando surgem os sintomas, que duram entre 15 e 50
dias, os mais frequentes são: cansaço, tontura, enjoo e/ou vômitos, febre, dor
abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. O diagnóstico
da doença é realizado por exame de sangue.
Para evitar a contaminação, é importante seguir as medidas
educacionais de higiene: lavar as mãos após ir ao banheiro ou trocar fraldas e
antes de preparar alimentos e de todas as refeições. É importante lavar bem os
alimentos e tomar apenas água potável e tratada. Além disso, higienizar bem as
partes íntimas e lavar as mãos antes e depois das relações sexuais.
Para tratar a água, basta ferver ou colocar duas gotas de
hipoclorito de sódio a 2,5% em um litro de água, 30 minutos antes de bebê-la,
deixando o recipiente tampado para que o hipoclorito possa agir, tornando a
água potável para o consumo. Na ausência de hipoclorito de sódio, pode-se
preparar uma solução caseira com uma colher das de sopa de água sanitária a
2,5% (sem alvejante), diluída em um litro de água.
Fonte: www.pe.gov.br
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