Maior exportador de frutas do país, o Vale do São Francisco
já contabiliza um prejuízo de R$ 570 milhões ao final do oitavo dia de
paralisação dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta
segunda-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de
Petrolina (SPR), Jailson Lira.
Segundo o representante do mais importante segmento da
economia regional, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou
de comercializar nesta semana para os mercados interno e externo 40 mil
toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas
de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão.
“Com todo esse tempo de paralisação, nossas câmaras frias já
estão com a ocupação esgotada, não oferecendo mais espaço para o armazenamento
das frutas colhidas recentemente. O resultado são pomares e mais pomares com
frutas apodrecendo no campo”, lamentou.
Jailson Lira advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida
essa semana poderá ficar comprometida por falta de mercado. “Além de termos
cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta
de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda
das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.
Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento,
onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também
sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes
competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos
portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da
Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).
Fonte: nilljunior.com.br
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